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09/06/2014

Alocução perfunctória sobre a morte II



Todos sabem que vão morrer. Ou deveriam saber e, se não o sabem, desculpem-me por dar essa fatídica notícia. Aos que compreendem esse fato, o que pode mudar é a forma de encarar essa verdade irrecusável. Os que têm fé em algo posterior, não veem a morte como um fim, ou seja, não veem a morte como o fim de sua existência. Por sua vez, os que não creem em algo posterior levam a vida como uma única possibilidade, e creem, ou deveriam crer que, com a sua morte, virá o fim de sua existência. Ou seja, o nada. O vazio.  Contudo, poucos são os têm consciência de que estão no mundo, de que daqui a alguns anos morrerão, ou de que o fim não leva em conta a sua vontade. Vivem como se fossem ser eternos. Até entendem que vão morrer, mas não convivem com essa realidade. Não pensam em questões que podem mudar toda a sua existência como: Deus existe? Da onde eu vim? e para onde eu vou? Eu vou?  Talvez eles não tenham coragem de pensar que o cemitério é o que lhes espera, e que, no fim desta vida material, o verme é o que acabará com eles. Pensar essas questões deveria ser ensinado a todos para entenderem o real significado de estar vivo, antes que seja tarde demais.

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