A
impotência está na raiz de todos os medos. Ao tê-la, ficamos numa permanente e
desesperada alucinação. É o mal da autoconsciência. Pensamos formas e formas de
mudar a realidade. Chega-se a não dormir pensando nisso. No fim, acabamos por
aceitá-la. Ou se faz isso, ou não se vive mais. Os mais geniais (?) conseguem
esquecer a impotência e vivem como se a nunca tivessem conhecido. Por isso, a
morte é por demais temida. A morte é a impotência máxima. Pode ser que a morte
não seja temida apenas por isso, mas o é sobretudo por isso.
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